quarta-feira, 30 de julho de 2008

Só Um Tirinho Não Dói...




Traficante do Borel já sem fuzil, respeitando a nova determinação sobre as armas da polícia

Bem, após minhas férias na paradisíaca Cancún, Massachussets - Condado de Connecticut, retorno a escrever no blog.

A polícia militar no Rio, não usará mais fuzis, e a partir de agora usará uma carabina .30. Eu acho até certo. Principalmente porque a vagabundagem se tocou disso e não vão insistir em usar fuzis, metralhadoras que derrubam helicópteros, mísseis nucleares e caças Sukoi...
Os fuzis continuarão sendo usados nas áreas de conflito, disse o secretário de segurança. Ah, é? Então vai usar no Rio todo. A PM do Rio, é a única polícia do mundo a usar armas de guerra. Sabe por quê? Porque essa merda de cidade vive uma guerra, G-U-E-R-R-A. É difícil entender isso pessoal?
Algumas justificativas:
"Isso vai desmistificar a tese de que a polícia sempre entra atirando nas comunidades. Com o nosso armamento sendo diferente das armas dos criminosos, vai ser possível descobrir de quem realmente partiu o tiro". PS: Como se bandido tivesse licitação e padrão pra comprar armamento...

"A carabina vai também assustar menos os cidadãos. As pessoas se assustam só de ver os PMs com fuzis enormes ou as viaturas com os bicos das armas para fora."

Fonte: Terra

Tem gente comemorando por aí. Gente merda, desses bem do tipo Viva Rio. Agora me diga, o quão essa arma é mais ou menos assustadora que um fuzil? Você se sente menos assustado se alguém metralhar sua família (sem querer ou de propósito) com uma dessas?


Pois deveria, pois é isso que querem que pense, afinal querem camuflar a situação de caos total da cidade. Já até vejo as campanhas:

No melhor estilo "Sessão da Tarde":

"Essa galerinha da pesada vai causar muita confusão! Essa nova belezinha da PM, causa muito menos encrenca que um fuzil."

Ou como te vendem apartamentos:

"Você não vai ficar de fora desse novo conceito de tiroteio, vai? Seja um dos primeiros a tomar na testa e confira! Corra e garanta JÁ sua vida!"

Esse é o problema do poder público. Sempre atacam o lado errado, com uma solução porca, nas coxas, subestimando a capacidade de inteligência do cidadão. Um exemplo disso: Quando o desmatamento na Amazônia estava mais desenfreado do que nunca, criaram uma série de burocracias dificultando a compra de serra-elétrica, ao invés de investir em fiscalização. Aí sabe o que fizeram? Começaram a comprar tratores, que não precisava de papagaiada alguma, e derrubavam árvores muito mais rápido. Governo inteligente pacaraio.

Da mesma forma, será imposssível enxergar que a solução certa é treinar adequadamente o policial e investir ostensivamente contra a bandidagem? Não é óbvio governantes, que se deve acabar com a corrupção que ocorre em seus gabinetes, embaixo de seus próprios bigodes?

Ô país filho da puta é a Dinamarca!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Há Algo de Podre no Reino da Dinamarca


"PM erra e mata mais um inocente" - diz a levemente *tendenciosa manchete no jornal.

*visto que o procedimento de abordagem da PM não foi errôneo. O erro em questão foi após o ocorrido, em relação à postura dos policiais, que com despreparo e até certo desleixo, socorreram o bandido e vítima.
Em outro caso, o ato claramente absurdo que vitimou o menino de 3 anos na Tijuca deixou todos perplexos e indignados, inclusive eu. De quem é a culpa dessas manchetes, de tudo isso que ocorre aí?

Desvios de conduta por parte de indivíduos na sociedade acontecem e o que se espera é a punição prevista em lei, para todos. Mas sempre fico me perguntando por que é moda criticar a polícia, até quando não acontece nada?

E acho sempre a mesma resposta: As pessoas simplesmente não sabem nada sobre as polícias. Querem exemplos? Estes são comentários dos leitores, sobre a triste morte do funcionário do O Globo, motivo da notícia que abre o post:

1 - "(...) Por que não aguardou reforço antes de atirar, sabendo do risco à vida de inocente? É hora de instruções de reciclagem e armas menos letais (...)"

Não há quem não revide quando bandidos atiram em você. É a lógica e o procedimento. Como aguardar reforço tomando tiros? Armas menos letais? Primeiro suba o morro, convença o traficante a usá-las e então ganhe o Nobel da Paz.

2 - "Sr. Beltrame, a polícia estaria correta se atirasse nos pneus do carro, chamasse reforços, e protegesse o sequestrado, e o senhor deveria aprender a responder esse tipo de pergunta"

3 - "Uma pergunta: por que a polícia militar não treina para atirar em pneu de carro em movimento? Não entendo do assunto, mas acho que armas que disparam grande quantidade de tiros estourariam pneus. Qual a dificuldade? Gostaria de resposta de uma autoridade"


Alôô, parem de ver filmes tipo Máquina Mortífera e vivam a realidade porra! Essa abordagem, com tiros, não existe gente... E se fosse cabível, aposto que se a polícia tivesse feito isso e o bandido tivesse dado um tiro no refém como retaliação, todos cairiam de pau na PM do mesmo jeito.
4 - "Até quando teremos que esperar para que, lucidamente, a PM do Rio de Janeiro seja extinta? Quantos assassinatos mais terão que perpetrar? (...)"

Extinguir a polícia? Então coloca logo um ladrão como presidente do Brasil... OH nããão, já fizeram!!!

Essas são algumas das bizarrices. Este é o tipo do comentário do cidadão médio, que lê jornal e que desconhece o trabalho da polícia, seja ela qual for. Um soldado da PMERJ ganha R$ 831,81. Além de ser odiado pelo bandido, pelo morador de favela, pelo rico, pelo usuário de drogas, ser perseguido pela imprensa tendenciosa, sofrer com a corrupção dos próprios policiais, receber uma miséria de salário e correr risco de vida o tempo todo, o policial honesto ainda tem a desvantagem de que a maior parte da sociedade não sabe como funcionam as engrenagens de seu trabalho e é fato que ninguém apóia algo que desconhece.

Enquanto o carioca tentar se enganar dos problemas do Rio, tentar esconder o nítido estado de guerra enaltecendo a beleza da cidade vai dar nisso. Não só no Rio – cada cidade tem seu engodo – mas no Brasil todo, fecharam os olhos por muito tempo.

Sim, defendo o bom policial, o policial honesto que trabalha e exerce um papel vital na guerra que há. Para os corruptos e contraventores da lei, policiais ou não, devem ser aplicadas as punições cabíveis, com rigor, total imparcialidade e tranparência.

"Delegados que investigaram Dantas deixam o caso" é outra manchete do mesmo jornal. Em meio a justificativas um tanto superficiais, mais uma vez enfraquecem o trabalho da PF. E já se fala em projeto para coibir “abuso policial”. Curiosa essa iniciativa de urgência...

Por aí vão os políticos, abonados pelo poder supremo, concedido por este povo manco. Dão sequência à podridão do sujo jogo político, seguem constantemente atentos na desmoralização do bom trabalho de investigação da Polícia Federal, pois este, em certas ocasiões, é perigoso para certas pessoas poderosas, que tem o rabo de muita gente na mão.

O cidadão comum, que passa fome de educação, não entende e não lida bem com isso. Ataca a conseqüência ao invés da causa. Sob essa ótica, a polícia se torna o objetivo mais nítido, a primeira parede que representa o estado negligente e opressor. O cidadão usa "dois pesos e duas medidas" quando critica a corrupção da polícia, já que ele também a alimenta generosamente. Generaliza os policiais, não porque enxerga um problema pertinente exclusivamente neles, mas sim porque não enxerga a sua parcela de culpa, e de todo o resto que não usa uniforme.

É... definitivamente há algo de podre no reino da Dinamarca...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Desvendando o Código Armi Ja Danny

Danny (Ilkka Lipsanen) e Armi Aavikko
Antes que alguém venha me dizer que esse vídeo de Armi Ja Danny é coisa velha de internet, ex-viral, me adianto e digo que ninguém fez um review tão profundo do vídeo e dos protagonistas, até porque eu não passo um dia sequer sem assistir e ouvir essa jóia do cancioneiro popular finlandês (Confesso que eu REALMENTE gosto da música – Não sei se é porque me lembra os baixos e a trilha de Cavaleiros do Zodíaco, os discos do Roberto Carlos dos 70’s ou ouvi tantas vezes que aprendi a gostar).
Fica difícil fazer uma análise deste dito “o pior clipe do mundo”, mas vamos lá:
1 – Para acompanhar o timeline, assista o clipe aqui.
2 – 0:01 - Esse cara de tiara na cabeça que apresenta o programa (que parece pertencer a uma seita que crê piamente na divindade extraterrestre) já indica que veremos algo realmente muito trevas.
3 – 0:16 – Percebemos que a moça da direita tenta se acertar na coreografia. Já já vai começar a série de movimentos pélvicos bastante sexy.
4 – Em 0:43 temos uma grande surpresa: Para cantar, nada menos que ele, diretamente de Etérnia, Príncipe Adam (He-Man viado). O cordão até o ‘imbigo’ salta aos olhos na camisa estáile.
5 – De 0:54 a 0:57 vemos como NÃO editar/cortar um vídeo. Repare na mexidinha de boca do Adam, sem saber o que fazer. Provavelmente, foi uma grande inspiração para a Mad Tv zoar os cortes de filmes daquela época, como mostrado no sketch sobre virgindade nos anos 70. PS: Que credibilidade tem alguém que diz “I wouldn't never bring you any kind of sorrow” com um sorrisinho pilantra desses na cara?
6 – 0:57 - Sua companheira no dueto é Armi, uma belíssima loira de olhos doces, voz macia e ar pueril, como uma “Shirley Temple Finlandesa”. Só que grandinha já.
7 – 1:13 – “Oh, you’re absolutely fine...” entoa Adam a bela melodia disco-espacial-renascentista, enquanto ambos fazem a dancinha fenomenal, que veio pra mostrar que o suingue e o gingado dos finlandeses vieram pra ficar. A calça centro-peito cai como uma luva com a camisa e a coreografia insinuante dos atletas de vermelho. Morra Travolta.
8 – Após o trenzinho da sacanagem (com certeza a primeira da fila em direção a câmera é a mais devassa), vem aquela virada de bateria marota, safada, típica dos anos 70.
9 – 1:45 – O passo da Shiva. Logo em seguida, o cara da primeira fila se esquece que o diretor pediu pra NÃO se fazer de viado e sair tocando guitarrinha imaginária de repente. 10 segundos depois, geral sai fazendo coisas caóticas, como abanar o ar, pular numa perna só e transar “tipo Kama Sutra”.
10 – 2:28 – Após a caminhada até a câmera, Adam dá uma guinada com muito estilo. Ou só escorregou numa casca de banana.
11 – 2:35 – Armi faz a mesma caminhada, só que sem a guinada, afinal, ela não iria pagar um mico desses.
12 - “Oh, you’re absolutely fine...” canta novamente Adam empostando a voz como um menestrel, enquanto é enquadrado no melhor plano "previsão do tempo".
13 – 3:27 – O clímax: O casal vai direto pro espaço, numa carruagem provavelmente feita no mais puro isopor. Somente um tempo depois, os dançarinos que estavam famintos e comiam biscoito ‘goiabinha’ gentilmente cedido pela produção, se tocam de que os protagonistas do clipe estão indo lá pra puta que pariu do cosmos e dão um “tchau”, assim, bem do descompromissado.
É amigos... pena que o final da história não é tão engraçado quanto esse clipe. Armi, ex-miss Finlândia 1977, morreu em 2002, aos 44 anos, de pneumonia, pois estava debilitada por abuso de álcool. Na época, tornou-se uma espécie de “Armi Winehouse”, só que sem ser escrota.
O que se especula é que ela tenha afundado na bebida devido à desilusão com o romance com Danny (muito provavelmente é verdade, embora Danny não tenha assumido publicamente, pois era casado há anos).
Se quiser conhecer mais das carreiras de Armi Ja Danny, que fizeram mais sucesso juntos do que separados, recomendo dois vídeos deles: “Loving You Only”, uma música MUITÍSSIMO bonita, cheia de emoção e afeto entre eles, e a versão ao vivo de “I Wanna Love You Tender” em finlandês, de alguns anos depois, com arranjo super-acelerado para Big Band. Nesse vídeo estão bem mais contidos, e é até impressionante como a melodia, a performance e as vozes ficam mais sérias quando eles cantam na língua nativa.
Que pena Armi, muita pena mesmo... Que Deus a tenha.

sábado, 12 de julho de 2008

Todos os Bytes Contra Mim

Ok... ontem foi o "dia internacional de ser sacaneado por pc's". Lá na Arvato, perdi uma música inteira, depois de um bug. Muito irritado, fiz tudo de novo. Perdi tudo outra vez.

Pela terceira vez comecei a fazer a música. Perdi tudo. Fuça daqui, fuça de lá, testa configs novas e vamos pra quarta vez... novamente, TUDO perdido.

"Foda-se isso, vou pra casa" - Afinal já tinha ficado 4 horas a mais do meu horário. Chego em casa e fui postar no blog. Post trabalhoso pra cacete, gigante pra variar, com links, fotos e tudo o mais. Seleciono o texto e DO NADA, tlum.... some a porra toda.

"Blog viado, fdp do capeta!" penso.

Peguei um cobertor e fui dormir na hora. Hoje no post "As Cambalhotas de Ruy Barbosa", aconteceu a mesma coisa, mas já tava vacinado e tinha o texto no Word. Daqui a pouco vou tentar resolver um problema no pc da minha mãe e problemas no pc do Valladão... vamos ver se faço gols a favor dos humanos. E segunda feira o Sonar que me espere!

Um dia da caça outro do caçador. Tomara.

As Cambalhotas de Ruy Barbosa


Habeas Corpus é o meio jurídico utilizado sempre que o indivíduo sofrer ou se achar em iminente perigo de sofrer, por abuso de poder ou ilegalidade, restrição à sua liberdade de locomoção, ou seja, se achar preso (Habeas Corpus liberatório) ou em risco de ser preso (Habeas Corpus preventivo).

Quer reclamar de algo? Taí o que você queria. Tem algo mais absurdo do que Habeas Corpus preventivo? Algo como: "eu acho, não sei, que de repente a polícia vai bater na minha porta sem motivo e me prender".

Todos têm direito a Habeas Corpus, desde que se enquadrem nas circunstâncias em negrito acima. Então, traduzindo, quando alguém é beneficiado com um Habeas Corpus, é porque:

- Não houve justo motivo para prisão
- Está mais tempo preso do que a lei determina
- Está coagido por alguém que não é competente para tal
- Acabou o motivo para sua prisão
- Não lhe permitiram a fiança prevista na lei
- O processo é nulo
- Sua punição for extinta

Esse caso Daniel Dantas, Pitta e Cia. só levanta a poeira suja no Judiciário. Com ela, pairam no ar certas questões:

- Com que frequência, rapidez e imparcialidade o presidente do STF Gilmar Mendes decide sobre Habeas Corpus concedidos no país inteiro?

- O "ladrão comum" é beneficiado com tal recurso, na mesma freqüência que políticos e gente influente montada na grana?

- Quem tem mais competência do que o diretor da Polícia Federal pra decidir se a operação realizada pela mesma e que teve um planejamento de 4 anos, foi "teatral e inválida"?

Se alguém puder me responder se a quantidade de dinheiro de quem está sendo acusado pesa na hora do processo e da condenação, ganha um doce. Pra pescar peixe pequeno, só precisa de isca, anzol e linha. Parece que nesse caso, se precisa é de um baleeiro...

Que Pitta e Nahas tinham o caráter podre, todos já sabiam, nada novo aí. Enquanto isso amigo, na lei do "solta" e "manda prender", o que acontece é o depoimento mudo do Daniel Dantas. Mande outro ladrão (do dia-a-dia, sem ser desses aí) não falar nada no depoimento pra ver o que acontece... Ora, se há a intimação para um depoimento, que mega brecha é essa na constituição, ou onde quer que seja, que tira da polícia o poder investigativo e permite que o acusado não fale nada? Pra ilustrar o que a minha 'leiguice' me permite cogitar: Poderiam então, a madrasta e o pai da menina Isabela, ter ficado mudos no depoimento à polícia?

Surpreendeu-me foi o nosso presidente da República dizer algo que digo com frequência: "Não quer ser incomodado pela polícia? Ande na linha." Simples assim.

Complicado? Nada, mole de resolver. Longe de mim, ser especialista no direito e na ineficaz legislação do país, mas querem duas soluções?

1 - Políticos, advogados, juízes, desembargadores, policiais e etc: Parem com a balela dessa língua paralela. Usem os termos técnicos com sabedoria, porque embora belos e acrobáticos, não acrescentam clareza e objetividade para os próprios profissionais da área, ao que é determinado, tanto na redação das leis quanto nas sentenças e vereditos.

2 - Ajam com imparcialidade, competência e honestidade.


Pronto, resolvido.

Se você tiver algo mais para acrescentar - fora as 40 cambalhotas de Ruy Barbosa no túmulo em vista da lambança generalizada nesse país - favor deixar seu comentário.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Música: Os Demônios da Canalhice


Antigamente, as pessoas do meio musical, tinham como alvo de críticas as grandes gravadoras, pela forma "malévola" que conduziam suas políticas de investimento. Com o crescimento do mercado independente e a facilidade de acesso à tecnologias de gravação, o cenário é outro.
Agora temos até peninha das majors, porque andam "quebradas" e aparentemente enxergam a um palmo do nariz, um beco sem saída. Merecidamente, diga-se de passagem, porque fecharam os olhos para o novo, tecnologicamente e musicalmente, concentrando-se numa visão modorrenta, que estrangulou o mercado e simplificou a arte do pior modo.
Por incrível que pareça, hoje em dia com toda a pulverização de recursos de produção e artistas, ainda se esbarra nas mesmas práticas condenáveis de anos atrás. Enxergamos o mesmo molde que criam as panelas e que aguçam os mesmos jogos de interesse. Faço questão de frisar: Sim, música é e sempre foi negócio, mas nem por isso há a necessidade de certas atitudes que beiram o ato criminoso. E pior: No mercado independente, as somas e o nível de empreendedorismo são em escala absurdamente menor, o que torna cada pedaço de bolo, em migalha... e ainda assim isso persiste. Você deve se perguntar a que me refiro exatamente...
Me refiro aos demônios, estes que, se já não sugam sangue suficiente no mainstream, transferiram por osmose o modelo de seu terror para a cena independente, que teoricamente, era pra ser "limpa". Outros não vem da velha guarda dos manda-chuva, não tem tanto ranso de canalhice, mas estão direitinho no caminho da filha-da-putice. Como na política, poucos são os que brigam por um panorama melhor e justo.
Esses demônios assumem os corpos de certos indivíduos inescrupulosos que organizam shows que sugam dinheiro diretamente dos artistas (quando deveria ser o contrário - o show dar rentabilidade), lobbistas que recebem um troco qualquer pra falar bem de fulano, selos que demonstram interesse num artista e que exigem dele uma grande quantia em dinheiro pra fechar contrato, gente canalha que organiza "festivais de importância", e que se utiliza do mesmo para promover por baixo dos panos artistas da panela, filho do compadre, que geralmente tem os bolsos cheios...
Demônios que se personificam em gente como "*FULANO", que não exerce grande contribuição no cenário musical, mas que se orgulha de ser odiado por 99% das bandas e artistas do Rio de Janeiro. Um deprê ególatra, que diz que se ele não conhece uma banda, é porque ela não existe.
O meu comentário pessoal pra isso "*FULANO", é que, pra sua infelicidade, a Menino Prodígio existe; você a conhece muito bem e graças a Deus, provavelmente ela te incomodou bastante, a ponto de não suportar ouvir este nome.
Artistas e profissionais da área: Pessoas mortas por dentro, nada acrescentam na arte, só representam o lado podre da música, e tentam destruir o único motivo pelo qual verdadeiramente se faz música. Reclamo do mau caratismo, da voracidade financeira e de lobby, que levam prejudicialmente os interesses ao extremo, num meio em que esses fatores, somados ao exclusivo critério do gosto pessoal, são sempre nocivos a todos que fazem música honestamente, com bom senso, auto crítica e trabalham com muita competência, inteligência e organização.
Resta saber onde vai parar a cena independente, que carregava consigo um quê de solução, e que agora sofre das mesmas mazelas e é perseguida pelos mesmos fantasmas. Para os que trabalham com decência, os meus aplausos.
Para os canalhas, essas palavras e o cuspe na cara.
*Infelizmente tive que retirar o nome do sujeito, porque na opinião dos meus companheiros de banda, seria impossível desassociar a minha opinião da opinião do restante do grupo. Embora eu tenha o blog claramente como MEU canal, para expressar idéias exclusivamente MINHAS, não é justo que qualquer pessoa pense que os outros três integrantes da Menino Prodígio partilham deste mesmo posicionamento, principalmente em relação a esta questão.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Padre Voador, você está demitido!


Não vou comentar o quanto é esdrúxulo o fato de alguém sair voando por aí com milhares de balões de festa cheios de Hélio. As milhões de montagens e piadas na net já falam por si só.

Como agora encontraram os restos mortais que provavelmente são do padre Adelir Antônio, aproveito a ocasião pra focalizar o real motivo dessa "aventura".

A princípio, a idéia original da viagem, era levantar fundos e obter notoriedade para a paróquia de não sei das quantas dos rodoviários. Eu digo o seguinte: Bullshit! O nome disso é EGO.

Além de ser um baita ególatra, negligente e inconsequente (vide declarações do instrutor de vôo livre que expulsou o religioso do seu curso), o padre aparentemente era um péssimo gestor de negócios de sua paróquia. Vamos aos dados:

Recursos empreendidos na busca do padre:

Bombeiros: 03 helicópteros, 04 lanchas e 02 jet-skis
Pessoal envolvido: 90 bombeiros
Área de busca: 250 KM da costa de Santa Catarina e 10.000 Km2 em matas fechadas.

Aeronáutica: 31 horas de vôo
Área de busca: 4.500 km2, com 08 métodos de busca diferentes.

Exército: 15 homens especializados com o Curso de Guerra na Selva realizando buscas em montanhas.

Marinha: 01 helicóptero, 02 lanchas e um rebocador. 144 horas de busca pela costa, em incursões diurnas e noturnas.

Forças auxiliares: A familía que fretou um avião, avião cedido por um parque de diversões, empresários que cederam lanchas e helicópteros e pescadores que fizeram buscas com as próprias embarcações, totalizando a maior operação de busca de Santa Catarina.

(fonte: Folha Online)

Quem paga a grana das buscas? O custo dessas operações é menor ou maior do que o que ele teria ganho se tivesse chegado ao local a salvo? Ora, antes de fazer merda com balões, não seria melhor bolar um plano de arrecadação de fundos junto às Forças Armadas/entidades/pessoas?

Claro, por se tratar de uma vida, se faz o esforço, mas é dose... poderia ao menos ter advertido:

"Olha, se não me derem dinheiro e colocarem minha paróquia nos jornais, eu vou viajar escrotamente com muitos balões, e aí vocês vão ter que gastar MUITO mais dinheiro nas buscas hein!"


"Santa ignorância, Batman..."

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Fluminense e o Princípio da Reciprocidade



Nos tempos "medievais" da Libertadores, os clubes brasileiros sabiam que disputar a competição, era algo como uma batalha sangrenta, literalmente. Quem desconhece esse fato, só precisa ler os relatos de grandes mestres do futebol que participaram da competição. Só pra citar um exemplo, segundo Zico e vários jogadores, naquele jogo final com o Cobreloa, tinha até jogador em campo com pedra na mão...

O que aconteceu ontem no Maracanã, é a prova mais dura para os tricolores de que, atualmente, uma batalha similar ainda se faz presente, só que felizmente não mais no âmbito da violência. Essa batalha nada mais é do que a própria aspereza da competição, porque a Libertadores não é um campeonato comum.

A campanha do Flu comprova o mérito de estar na final. O que tirou o título do Fluminense, foi a perigosa química de "deslumbramento + displicência". Diferentemente da eliminação do Flamengo para o América, que foi baseada na vergonha do extremo salto alto, o jogo de ida no Equador foi um descaso silencioso, onde todos pensaram "Ah, agora é muito mais fácil". Não é assim amigão... na Libertadores, todo jogo é guerra mortal, pode ser contra o Boca, São Paulo, LDU, ou contra o Combinado de Açougueiros Independientes de La Paz.

É fato que Renato sempre falou muito, só que isso se estendeu aos jogadores. Nas Laranjeiras e até nos torcedores, se confundiu ânimo com falastronice. O que retrata isso, é o fato da torcida estar tão extasiada, a ponto de não demonstrar a óbvia preocupação com o fato de seu time ter que ganhar por 3 gols de diferença pra ser campeão.

Aposto que Nelson Rodrigues deu 2 saltos mortais no túmulo com os pênaltis tão mal batidos. Justamente os de Thiago Neves e Washington. Justamente do time de melhor campanha. Justamente contra o time que não assustava ninguém. Justamente no Maracanã.

Pra justificar o nome do post (que parece ser nome de filme de Indiana Jones), pelo princípio da reciprocidade, me permiti torcer pelo LDU. Não foi nada agradável aturar mil piadinhas sobre o América, Cabañaz isso, Cabañaz aquilo, então confesso que ontem o sorriso estava no meu rosto. O veneno agora arde em outros... mas é assim mesmo, coisas do futebol.

O Fluminense mereceu vencer a partida. Não ganhou o título porque falhou miseravelmente quando enxergou o jogo de ida como "apenas mais um jogo". Esqueceram que era um jogo pela Libertadores, onde dizem que até milagres acontecem.

Eu acredito.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Modo Utilidade ON: Restituição do IPVA

Caros, pra não dizer que o Blog é inútil de todo, resolvo compartilhar algumas utilidades.

Você sabia que quem teve seu veículo furtado ou roubado pode solicitar a restituição do IPVA proporcional ao período em que não fez uso do veículo?

Pois é, isso aconteceu comigo. No meu caso, o desconto no IPVA veio automaticamente, mas às vezes é necessário solicitar isso (e aí geralmente o desconto vai pro beleléu e o governo adora, porque muita gente nem sabe realmente disso).


Esse desconto é previsto nessa lei:

Artigo 4., Lei N. 8.115 de 30 de dezembro de 1985 " Par 6. - A dispensa do pagamento do imposto, na hipótese dos parágrafos 4 e 5. (veículo roubado ou furtado), no exercício em que se verificar a ocorrência, desonera o interessado do pagamento do tributo devido na proporção do número de meses em que o titular do veículo não exerceu direito de propriedade e posse e, os casos de furto ou roubo, enquanto esses direitos não forem restaurados. Par 7. -Nos casos de veículos furtados ou roubados, sempre que forem restaurados os direitos de propriedade e posse violados, o contribuinte deve comunicar o fato, imediatamente e por escrito, à Fiscalização de Tributos Estaduais (art12 par 2.).


Ou seja, o BO determina quando começa a valer o desconto, e aquela notificação que se envia a polícia dizendo que recuperou o carro (quando não é a polícia que o encontra, porque neste caso é feito automaticamente) é que determina quando o desconto acaba. Nada de bancar o espertinho e não comunicar que seu carro já está em seu poder pra não pagar IPVA, ok? srrs

O requerimento do desconto é feito na Secretaria de Fazenda - Guichê do IPVA

Espero muito que não precisem passar por isso, mas fica a dica.