Dias agitados esses! Após séculos sem escrever aqui, vi tanta coisa que nem sei por onde começar. Morte de Arthur Sendas, sequestro de Eloá, Bolsas malucas... tudo de acordo com o dia-a-dia da loucura desse mundo doentio.
Especificamente, acompanhei cada detalhe do sequestro dessas meninas. Eu até achei que tava demorando pro maldito pessoal dos direitos humanos entrar em cena. "Mas malditos não é uma palavra muito forte, Thiago?". Pra eles não. Pra eles é pouco.
Final trágico do caso: Uma garota toma um tiro na cara, a outra morre com um tiro na cabeça, a polícia é "culpada de tudo", a mãe perdoa o sequestrador e a Pastoral não sei o que lá vem querer saber porque o "pobre Lindemberg" tem um pequeno corte na boca.
Não vejo novela, mas pelo que dizem, "A Favorita" é uma novela bem movimentada, que causa frison nas noveleiras. Mesmo sem ver um só capítulo da novela, tenho certeza que a trama perde pra esse teatro da vida real. De repente, até Alexandre Pato entrou na história...
Que o final da história é trágico e triste, todo mundo sabe. Também não vou entrar em detalhes sobre a irritante mania da imprensa, faminta em jogar tudo nas costas da polícia. Só vou dar alguns fatos bizarros que rodearam esse sequestro:
1 - Como uma garota de 12 anos namora um cara de 19? Bem, na minha época uma garota de 12 anos ainda era criança. Cadê os pais controlando? Ah é, o pai da garota também não sabia que "quem com porco anda, farelo come"...
2 - Como a mãe de Eloá pode perdoar o algoz de sua filha assim, com tanta facilidade? "Eu perdôo o camarada que meteu um balaço na cabeça da minha filha". Faz sentido a frase? Não, claro. Não senhora, a srª deve estar sentindo muito, perdeu uma filha de 15 anos e não precisa ser politicamente correta e boazinha só porque todo mundo faz isso quando tem mídia em cima...
3 - Que vacilo tosco foi esse da polícia em transformar a Nayara em negociadora? Além de ter sido um ato ilegal, segundo o Conselho Tutelar, todo mundo sabe que 90% dos adolescentes são 100% tapados. Claro que isso ia dar merda.
4 - Por que a mãe da Nayara, que se preocupa tanto com sua filha, não a agarrou e se trancou com ela em casa depois que foi solta e agora, dizendo que não sabia que a filha voltaria pra lá, pede uma indenização de "2 milhões de reais pra cima", segundo as palavras do advogado da família?
5 - Por que a Eloá, sob mira da arma, discutia e provocava o marginal, como disse a Nayara? Talvez a observação 3 explique.
A que fica é: Se a polícia negocia por 5 dias, é lerda. Se invade é grosseira, se mata o sequestrador é violenta e tem que se entender com os direitos humanos. Se não mata também.
Lamento muito o desfecho. Muitíssimo. Mas na boa... pena mesmo me dá é da polícia.
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