quinta-feira, 10 de julho de 2008

Música: Os Demônios da Canalhice


Antigamente, as pessoas do meio musical, tinham como alvo de críticas as grandes gravadoras, pela forma "malévola" que conduziam suas políticas de investimento. Com o crescimento do mercado independente e a facilidade de acesso à tecnologias de gravação, o cenário é outro.
Agora temos até peninha das majors, porque andam "quebradas" e aparentemente enxergam a um palmo do nariz, um beco sem saída. Merecidamente, diga-se de passagem, porque fecharam os olhos para o novo, tecnologicamente e musicalmente, concentrando-se numa visão modorrenta, que estrangulou o mercado e simplificou a arte do pior modo.
Por incrível que pareça, hoje em dia com toda a pulverização de recursos de produção e artistas, ainda se esbarra nas mesmas práticas condenáveis de anos atrás. Enxergamos o mesmo molde que criam as panelas e que aguçam os mesmos jogos de interesse. Faço questão de frisar: Sim, música é e sempre foi negócio, mas nem por isso há a necessidade de certas atitudes que beiram o ato criminoso. E pior: No mercado independente, as somas e o nível de empreendedorismo são em escala absurdamente menor, o que torna cada pedaço de bolo, em migalha... e ainda assim isso persiste. Você deve se perguntar a que me refiro exatamente...
Me refiro aos demônios, estes que, se já não sugam sangue suficiente no mainstream, transferiram por osmose o modelo de seu terror para a cena independente, que teoricamente, era pra ser "limpa". Outros não vem da velha guarda dos manda-chuva, não tem tanto ranso de canalhice, mas estão direitinho no caminho da filha-da-putice. Como na política, poucos são os que brigam por um panorama melhor e justo.
Esses demônios assumem os corpos de certos indivíduos inescrupulosos que organizam shows que sugam dinheiro diretamente dos artistas (quando deveria ser o contrário - o show dar rentabilidade), lobbistas que recebem um troco qualquer pra falar bem de fulano, selos que demonstram interesse num artista e que exigem dele uma grande quantia em dinheiro pra fechar contrato, gente canalha que organiza "festivais de importância", e que se utiliza do mesmo para promover por baixo dos panos artistas da panela, filho do compadre, que geralmente tem os bolsos cheios...
Demônios que se personificam em gente como "*FULANO", que não exerce grande contribuição no cenário musical, mas que se orgulha de ser odiado por 99% das bandas e artistas do Rio de Janeiro. Um deprê ególatra, que diz que se ele não conhece uma banda, é porque ela não existe.
O meu comentário pessoal pra isso "*FULANO", é que, pra sua infelicidade, a Menino Prodígio existe; você a conhece muito bem e graças a Deus, provavelmente ela te incomodou bastante, a ponto de não suportar ouvir este nome.
Artistas e profissionais da área: Pessoas mortas por dentro, nada acrescentam na arte, só representam o lado podre da música, e tentam destruir o único motivo pelo qual verdadeiramente se faz música. Reclamo do mau caratismo, da voracidade financeira e de lobby, que levam prejudicialmente os interesses ao extremo, num meio em que esses fatores, somados ao exclusivo critério do gosto pessoal, são sempre nocivos a todos que fazem música honestamente, com bom senso, auto crítica e trabalham com muita competência, inteligência e organização.
Resta saber onde vai parar a cena independente, que carregava consigo um quê de solução, e que agora sofre das mesmas mazelas e é perseguida pelos mesmos fantasmas. Para os que trabalham com decência, os meus aplausos.
Para os canalhas, essas palavras e o cuspe na cara.
*Infelizmente tive que retirar o nome do sujeito, porque na opinião dos meus companheiros de banda, seria impossível desassociar a minha opinião da opinião do restante do grupo. Embora eu tenha o blog claramente como MEU canal, para expressar idéias exclusivamente MINHAS, não é justo que qualquer pessoa pense que os outros três integrantes da Menino Prodígio partilham deste mesmo posicionamento, principalmente em relação a esta questão.

2 comentários:

Fernanda Ribeiro disse...

A verdade dói, mas liberta!!!!! E como liberta.

Leo Rente disse...

"Senti firmeza, thiago!"

Até quando isso vai ser assim? Uma hora essa febre vai ter que ceder, né? Ou esse fantasma vai continuar por anos afastaando pessoas que sonham em ganhar dinheiro com o que estudou e realmente gosta? Cadê o "caveirão" pra engolir isso tudo? rs

CHUPA ESSA MANGA!